5ª edição do Boletim de Vigilância em Saúde de Borda da Mata trata sobre a síndrome Mão-Pé-Boca em crianças

Na 5ª edição do boletim elaborado pelo Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Borda da Mata, a enfermeira Grazieli Siqueira abordou sobre a síndrome mão-pé-boca que acarretou crianças nas creches municipais durante o mês de novembro em Borda da Mata.  O boletim explica que tal síndrome é uma doença contagiosa que ocorre mais frequentemente em crianças com menos de 5 anos, mas também pode acontecer em adultos, e é causada pelo vírus do grupo coxsackie, que pode ser transmitido de pessoa para pessoa, através da tosse, espirros e saliva e do contato direto com bolhas que tenham estourado. Uma única criança doente pode contaminar várias outras, por isso, é importante que a criança infectada NÃO VÁ A ESCOLA no período de 7 dias, em média.

Geralmente, os sintomas da síndrome mão-pé-boca só surgem após 3 a 7 dias da infecção pelo vírus e incluem febre superior a 38ºC, dor de garganta e falta de apetite. Após 2 dias do surgimento dos primeiros sintomas, aparecem aftas na boca e bolhas nas mãos, pés e, por vezes, na região íntima, que podem coçar.

De acordo com o boletim, no Cemei Professora Ana Maria Cabral dos Santos, o ato de alertar e orientar os pais e responsáveis foi suficiente para conter a transmissão da doença em larga escala, uma vez que pais que tiveram seus filhos adoecidos evitaram a ida destes para a escola durante o período de transmissão. Já na Creche Madre Tereza Saldanha, a mesma ação não foi suficiente para conter a transmissão da doença; muitos pais e responsáveis continuaram mandando seus filhos doentes para a creche, mantendo assim o ciclo de transmissão do vírus e a reinfecção das crianças já contaminadas anteriormente, o que poderia acarretar em graves complicações, como o risco de infecção generalizada, caso nenhuma providência fosse tomada. Das 161 crianças matriculadas na Creche, 44 adoeceram. Por este motivo, o Setor de Vigilância Epidemiológica do município não teve alternativa a não ser interditar o local por um período de 7 dias, período este de maior transmissão do vírus. Portanto, de 08/11/2018 até 14/11/2018, como medida preventiva, a Creche não teve aula. Com o feriado de 15/11 e final de semana, as atividades da Creche retornam no dia 19/11/2018. Durante o período de interdição, os funcionários atuaram fortemente na higienização do local e de todos os objetos para controle do vírus deixado pelas crianças infectadas.

No dia 13/11, a enfermeira da Vigilância também orientou as monitoras sobre o que é a Síndrome, sobre cuidados que devem ter diante de qualquer possibilidade de doenças de transmissão viral, sobre imunização em dia para a idade e ainda sobre cuidados com a volta das crianças, visto que, mesmo após o período de incubação do vírus, este ainda pode estar presente nas fezes por até quatro semanas.

O boletim foi redigido em 14 de novembro de 2018.

 

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